A biblioteca de... Bruno Leal
Atualizado: 3 de jun.
A partir de entrevistas curtas, a série “A biblioteca de...” é um convite para nossos leitores conhecerem mais o universo de nomes importantes da historiografia. Aquele ou aquela que nos inspira pode indicar caminhos de leitura fundamentais para o nosso aprendizado. Por isso, conhecer o que essas referências leem é mais do que uma simples curiosidade: é, antes de tudo, um modo de descobrir novos horizontes de saber.
O convidado desta edição é o historiador Bruno Leal. Professor adjunto do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB) e do Programa de Pós-Graduação em História desta mesma universidade. É professor-colaborador do Programa de Pós-Graduação em História Pública da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Conselheiro da ANPUH-DF, fundador e editor-chefe do portal de divulgação científica Café História. Doutor em História Social (UFRJ, 2015). Mestre em Memória Social (UNIRIO, 2009), Especialista em História Contemporânea (PUCRS, 2010), Graduado em História (UERJ, 2008) e Comunicação Social (UFRJ, 2006). Foi professor do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense (2015-2017) e tem estágio pós-doutoral em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pesquisa História Pública e Divulgação Científica. Também desenvolve pesquisas sobre crimes nazistas e justiça no pós-guerra. Foi cocoordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos e Árabes da UFRJ (2011-2018). É membro da Rede Brasileira de História Pública e da Associação das Humanidades Digitais.
Que livro você recomenda para quem está iniciando na área de História?
Tudo que é sólido desmancha no ar, do historiador norte-americano Marshall Berman. Mas o livro não é um curso de “introdução ao estudo da história”. Então, o leitor não pode esperar nada de lições sobre fontes, metodologia, pelo menos não no sentido tradicional. Eu acho que o livro do Berman é uma referência porque ele concentra uma série de atributos que considero essenciais a um bom historiador: erudição, escrita envolvente, paixão na defesa das ideias, bom trato das fontes, humildade e assertividade. Li este livro no primeiro período da minha graduação em história e foi amor à primeira vista. Sempre passo essa leitura para os meus alunos. É um livro lindo. Nele, Berman fala sobre modernidade, modernização e modernismo. Tem muito a ver com o nosso tempo, com as nossas ansiedades, medos e esperanças. É ouro puro.
Qual foi o livro que você mais gostou de escrever?
Quero fazer mestrado em História. Publiquei esse livro em dezembro de 2022 pela Amazon Brasil. É um e-book fácil de ler, um guia para mestrandos e futuros mestrandos em História. Ele pode ser lido no celular, no computador, no tablet ou kindle. O objetivo do livro é explicar como funciona um mestrado em história, como eles são divididos, como escolher um bom programa e, principalmente, dicas para o processo seletivo. Quando comecei a dar aula na universidade, percebi que muitos alunos deixavam de fazer o mestrado porque desconheciam os trâmites, etapas e funcionamento geral de uma pós-graduação. Sentiam que era algo interditado a eles. Isso ficou na minha cabeça, e logo comecei a separar uma aula para falar sobre ao assunto e desmistificar uma série de coisas. Mas queria ir além das minhas turmas. Daí, tive a ideia de escrever o livro. A repercussão tem sido muito boa. Fico muito feliz em receber mensagens de leitores dizendo que o livro os ajudou a passar no mestrado.
Que livro que você escreveu teve maior repercussão e crítica? A que atribui isso?
Difícil dizer. No meio acadêmico, certamente o meu trabalho mais conhecido e citado é História Pública e Divulgação de História, que organizo com a minha companheira Ana Paula Tavares. Ele foi publicado em 2019 pela editora Letra & Voz. Nele, discutimos a divulgação histórica a partir da nossa experiência no Café História. Também convidamos vários colegas divulgadores para falarem sobre seus casos e reflexões. Mas o Quero fazer mestrado em história também faz muito sucesso. Talvez porque seja um livro de fácil acesso (e-book) e porque presta um serviço. Mas tudo isso pode mudar em breve, porque O Homem dos Pedalinhos, sobre a história do colaboracionista Herberts Cukurs, deve virar filme, o que fará com que o livro seja alavancado nas livrarias. Esperar pra ver.
Qual livro de História do Brasil é obrigatório ter na estante?
A invenção do trabalhismo, da Angela de Castro Gomes. Livraço.
Em sua biblioteca, tirando suas próprias obras, qual autor(a) está mais presente?
Philip Roth e Paul Auster, empatados.
Qual foi o último livro que você leu e que lhe marcou?
A Estrada, de Cormac McCarthy. Foi o último também que me arrancou lágrimas.
Qual o seu livro preferido fora da área de História?
A Invenção de Morel, de Adolfo Bioy Casares.
Qual tema você pretende abordar no seu próximo livro?
Primeira Guerra Mundial.
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