Orgulho LGBTQIA+ - um filme, um livro, uma música
Atualizado: 4 de abr. de 2022
O mês de junho é quando se o comemora o Pride Month, período em que se celebra, se resiste e se exige direitos civis para a população LGBTQIA+. Por conta da importância desse mês para a sociedade como um todo, mas principalmente para a população LGBTQIA+, a coluna “Um filme, um livro, uma música” é dedicada à diversidade e ao combate à LGBTfobia.
FILME:
“Corpo elétrico” de Marcelo Caetano (2017). Vencedor do prêmio APCA de melhor filme no ano de 2017, o longa aborda questões crucias na realidade enfrentada pela classe trabalhadora negra LGBTQIA+ no país. A trama aborda a vida de um homem gay que trabalha em uma fábrica de roupas. As horas de vida maçantes nos tons cinzas da fábrica, contrasta com o colorido da vida nas noites de São Paulo. Um filme para celebrar a vida e a resistência da população LGBTQIA+ no cotidiano das grandes cidades.
LIVRO:
“Devassos no Paraíso: a homossexualidade no Brasil, da colônia à atualidade” de João Silvério Trevisan (2018). O escritor, dramaturgo e jornalista traz um belíssimo estudo da história da homoafetividade no Brasil, em que, através do diálogo com vários campos do conhecimento, procura abordar do período colonial até as questões debatidas pela comunidade LGBTQIA+ no século XXI. Livro essencial para conhecer a trajetória de vida e resistência dentro de um Brasil de base patriarcal, mas também de um Brasil que resiste pela possibilidade de ser. Trevisan, de forma apaixonante e dedicada, manifesta em seu trabalho o desejo de uma sociedade mais justa e que celebre a diversidade.
Entrevista do autor para o História da Ditadura:
MÚSICA:
“Braille” Rico Dalasam e Dinho. Um dos ícones do rapper brasileiro, Rico Dalasam tem a capacidade de falar de amor com uma sutileza e uma complexidade que o tornam único. Musicalidade que te envolve e uma letra capaz de emocionar e propor reflexão sobre temas como relações inter-raciais homoafetivas. Dalasam é um rapper ainda pouco conhecido no cenário mainstream, mas que merece ter muito mais espaço na cena. Sensibilidade e força são duas características essenciais da música e do próprio artista. Ouçam essa obra prima.
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